the begining

ainda mais sobre a nutshell

IN A NUTSHELL

Nia Marques

9/29/20242 min read

Olá, sou eu, a Nia, e este é o conto sem drama de como a Nutshell nasceu – com reviravoltas dignas de uma novela (mas sem as lágrimas). Se estás à procura de uma história épica de superação e falências, vais encontrá-la aqui... mas com um toque de humor, porque levar tudo muito a sério nunca foi o meu forte.

Então, a coisa começou lá atrás, aos 16 anos, quando perdi o meu pai, que, aliás, era o ser humano mais incrível que já conheci. Ele ensinou-me que "mais e melhor" não é um simples lema, é uma forma de vida. E bom, com isso veio também aquela sensação de urgência de fazer tudo e mais alguma coisa, porque o tempo é curto e o amanhã, como ele dizia, não está garantido.

Comecei por estudar design de produto, porque, claro, queria desenhar o mundo à minha maneira. Mas não demorou muito para perceber que isso, por si só, não me chegava. Assim, atirei-me para o ramo imobiliário. Fui consultora, depois formadora, diretora de recursos humanos, fiz projetos de remodelação, decoração e até me aventurei nas obras. Porque, como se costuma dizer, quem tem ADHD faz tudo ao mesmo tempo e ainda quer mais.

Mas o ponto alto (ou baixo, dependendo do ponto de vista) chegou quando decidi abrir dois negócios ao mesmo tempo. Sim, leste bem. Spot Bar e L’Ufficio – um bar e um restaurante italianos. Agora, se me perguntarem se foi uma boa ideia abrir dois projetos de raiz, enquanto geria todo o design, as obras e a identidade de marca, a resposta é... depende do que chamas "boa ideia". A pandemia veio, varreu-me os negócios, o carro, a casa e até o noivo. Basicamente, fiquei a dormir no bar – literal e figurativamente.

Mas não te preocupes, não há drama aqui. Porque, em vez de me deixar abater, inventei. Durante o caos, lancei um projeto de ilustrações e até desenvolvi um jogo de tabuleiro sobre a pandemia. E se me perguntarem se algum destes projetos deu dinheiro? Claro que não. Mas mantive a sanidade mental, o que já foi lucro!

Depois deste pequeno intervalo comédia-trágica, voltei ao imobiliário e, claro, não resisti a empreender outra vez. E foi assim que nasceu a Evarista, uma mediadora com um conceito diferente, focada em obras e decoração. O que aconteceu? Bem, o sócio saltou fora, mas como já estava habituada a recomeços, continuei.

E agora, entra a Nutshell. A minha mais recente (mas não última) criação. Aqui, tudo começa de novo – design, comunicação, co-work e business. Um espaço que é a minha cara (ou pelo menos as minhas olheiras das noites de obra). Investi tudo o que tinha e, sim, fiz muitas das obras com as minhas próprias mãos. Não foi fácil, mas fazer o quê? Há que pôr a mão na massa.

A Nutshell é a minha fábrica de ideias – onde qualquer pessoa que tenha coragem e uma boa dose de humor pode transformar um sonho em projeto. E enquanto monto a Evarista, estou também a tirar um curso de design de interiores, a preparar um livro e a pensar em lançar uma linha de móveis. Basicamente, não sei o que significa "parar".

Este é o meu caminho, sem lágrimas nem dramas. Estou aqui, a fazer o que amo e a trazer os meus projetos à vida. E se achas que esta história já tem fim, enganas-te. O melhor ainda está para vir.